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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

A República ideal...

Todos nós sabemos quais são os problemas do Brasil, ou pelo menos podemos apontar muitos deles. A corrupção que se espalha por todos os setores da sociedade, a violência generalizada, recordes mundiais de acidentes de trânsito, desmatamento da Mata Atlântica e da Amazônia, sistema de saúde falido, sistema judiciário que não funciona, a educação em colapso, surgem cada vez mais impostos e os que já existem ficam cada vez mais altos, a aposentadoria gradualmente se tornando algo impossível, fome, miséria, falta de identidade do brasileiro, descompromisso, descaso, etc.

É muito fácil enumerá-los, mais fácil ainda é criticar tudo e encontrar pessoas para imputar a culpa, quer seja isso respaldado por provas ou não. A população se acostumou a ser indiferente à política, mesmo sendo obrigada a votar, e dizer que “todo político é corrupto” virou pré-requisito para ser considerado como normal pela sociedade. Ao mesmo tempo, temos uma imprensa que em prol de uma tal “liberdade de imprensa” que somente a própria imprensa sabe definir os limites (se é que existem) promove semanalmente escândalos nacionais para obter lucro, quer desestabilize o país inteiro com isso ou não, quer suas denúncias sejam fundamentadas ou não. Ora, o brasileiro já se convenceu que todo político é corrupto, para que ter provas para denunciar? Basta escolher um nome, criar um caso e pronto! Todos irão acreditar e os milhões com a venda das revistas já estarão garantidos.


E o pior de tudo é que todo esse lamaçal acaba sendo dirigido no sentido de favorecer interesses de grupos que se alternam no poder e que, assim como o próprio brasileiro, não está nem aí para o Brasil. A grande questão que se levanta é saber até onde vai tudo isso. Onde vamos parar?


De fato, é difícil imaginar os limites do drama do Brasil, um drama de corrupção, fétido, asqueroso, que se contorce como um verme sem parar e que, a cada movimento faz surgir inúmeros outros vermes.


Tudo está errado, então o que fazer?


Platão, grande pensador grego do século V a. C., discípulo de Sócrates, sabia o que fazer, e fez. Em sua inigualável obra, A República, Platão discute a questão da justiça e a defende perante a injustiça, tida por muitos como mais vantajosa. Idealiza um estado perfeito, onde todos cumprem sua tarefa, e onde o principal ponto de partida da sociedade é a educação. A educação garante tudo, é a partir dela, e somente através dela, que pode surgir um estado perfeito, onde todos são felizes e a justiça impera. A atualidade da obra é inacreditável, e é fantástico perceber que os problemas sociais encontrados em Atenas durante antiguidade clássica correspondem em detalhes aos que encontramos hoje em nosso mundo.


Segundo Platão, a educação é o principal pilar de sustentação da sociedade, e é através deste que se pode garantir a sociedade justa. Essa educação se dá através da música e da ginástica e a partir daí se expande para a vida de forma holística. Através da música o sujeito aprende a harmonia de viver em conjunto, e a ginástica ensina a cuidar de si e do próprio corpo.


Platão considera que a música, através de suas notas, é uma arma perfeita para subverter o indivíduo e levá-lo a questionar a moral e os bons costumes, por isso, afirma que é extremamente necessário para o Estado controlar (sim, através da censura!) a música e até mesmo as melodias e notas musicais que são utilizadas. Afirma que isso é uma troca justa, pois trata-se de garantir o bem estar geral de todos na sociedade.


Defende também que os governantes não sejam eleitos democraticamente, e sim escolhidos por mérito pessoal. Os indivíduos deveriam ser testados em segredo desde pequenos, através de uma série de situações onde seja tentado a se corromper, levado a perder tudo, desde os bens materiais até mesmo a honra pessoal caso não se corrompa e, somente se tiver resistido a tudo isso, e aceito sofrer perdas por se manter justo é que deve ser escolhido como governante. Platão conclui que o indivíduo que resista a tudo isso e se mantenha fiel à justiça, não pode ser outro senão o filósofo.


Sobre a justiça considera ser possível evitar que os indivíduos se tornem corruptos, tendo como base um sistema educacional valorizado pela sociedade e estruturado a partir da música e através da proibição de narrativas que corrompem, como por exemplo as narrativas religiosas. Platão acredita que a religião corrompe, ao apresentar deuses que castigam, permitem a injustiça, iludem o homem e servem de base para o conformismo, por isso proíbe o culto aos deuses. A educação, portanto, teria êxito ao educar o indivíduo de modo a evitar que o mesmo seja corrupto tendo por base a censura da música, da religião e das narrativas inverídicas. Ao invés dessas inverdades, Platão sugere sim um culto, uma metafísica, mas voltada somente para o homem e para a Terra. Dessa forma seria possível educar cidadãos que dificilmente irão se corromper.


Sobre a saúde pública, defende que a medicina não deve, de forma alguma, ser levada a todos. Daí a necessidade de uma educação que funcione e que seja valorizada como principal pilar da sociedade, pois Platão afirma que uma pessoa decentemente educada saberia se alimentar corretamente, evitando a gula, os excessos e o ócio do corpo. Um sujeito assim educado dificilmente adoeceria e isso levaria os hospitais públicos a se esvaziarem. Contudo, um indivíduo que não siga os preceitos da educação que lhe foi fornecida, ou seja, que se entregue à gula e ao ócio do corpo, não terá a medicina a seu dispor, pois escolheu de sã consciência o caminho da doença e da morte.


Assim, Platão diz que se os hospitais estão cheios e os tribunais lotados é porque a educação não funciona.


Sua obra é vastíssima e muitos pontos polêmicos são sugeridos, como o arranjo de casamento entre os homens tidos como superiores somente com as mulheres superiores, a poligamia, a permissão para que o governante minta para o bem da sociedade, a não existência da propriedade privada entre os guardiões e governante da cidade, e a hierarquia necessária para se estruturar a sociedade, onde os filósofos ocupam por mérito próprio o posto de governante.


Sua obra foi fundamental para se formar a idéia de utopia em diversos pensadores posteriores, todos influenciados por seu legado. Tentou algumas vezes implantar seu modelo de República em Siracusa, mas não obteve sucesso.


De fato, é difícil imaginar que algo assim possa ser de fato implantado em uma sociedade como o Brasil, mas a leitura de seu livro é fundamental para entender a origem de diversos problemas sociais atuais, além de enaltecer a questão da importância da educação na formação de uma sociedade que pretende ser perfeita.

Além de tudo, A República, é uma obra que lembra o homem dos reais motivos que o faz viver em sociedade, e nos aponta de forma fabulosa os momentos nos quais tudo se perde, e a sociedade sucumbe à injustiça e corrupção.



Pintura: Rafael, A escola de Atenas.

5 comentários:

Alfredo de França disse...

Ops...

Cometi um erro ao citar o "amor livre" como uma das propostas para a República platônica.

Já foi devidamente corrigido.

Darth Magnus disse...

Antes de qualquer coisa, acho muito importante mencionar que não é o povo, os políticos ou mesmo empresários gananciosos que são os culpados desta atual situação. Nem mesmo os homens do passado, como por exemplo D. Pedro I e sua corte, que após o ato de declaração da Independência, tiveram que fazer um empréstimo junto a Grã-Bretanha para pagar a independência aos portugueses. Nossa famosa 1ª dívida internacional.

Não... os únicos culpados somos NÓS mesmos. Sim, nós. Pois nós somos o povo. Nós somos estes empresários gananciosos e nós somos os políticos. Quando não o somos em carne e osso, não gritamos para que eles ouçam nossas opiniões e desejos. Acho que o fato de sempre imputarmos os culpados na terceira pessoa é uma autodefesa de nosso subconsciente. Como diria Freud, tentamos sempre de forma subconsciente projetar nossas falhas nos demais.

Sobre a República de Platão, concordo em muitos aspectos, mas acho falha em outros. Vou dar a minha opinião seguindo os transcurso do texto apresentado pelo nino, ops... digo, Alfredo.
Concordo e sempre concordarei que a educação é à base de tudo. Sem que haja uma educação verdadeiramente intencionada a criar pensadores, estaremos fadados a permanecer nesta situação, por decorrência do estado democrático em qual vivemos. Entretanto, não acho que limitar a educação à música e ginástica seja o suficiente para criar cidadãos comprometidos com o bem-estar de todos. E é neste ponto que está minha maior critica a Platão, a ponto de desconsiderar o demais mencionado antes de criticá-lo.

Platão em sua obra e pensamentos achava que a sociedade deveria ser dividida em “castas”, por assim dizer, divisões estas baseadas em virtudes adotadas pelo homem. Somente aqueles que apresentassem a Razão, seriam dignos de serem governantes. Até ai tudo bem, mas é ai que a coisa começa a seguir um rumo de estado filósofo-totalitário, pois somente os filósofos seriam capazes de governar uma nação e aqueles que fossem os “militares” e “trabalhadores” inicialmente, estariam fadados a serem os comandados.

Platão viveu sua época e nem nela o seu estado “Utópico” fora usado, pois mesmo ali era difícil de ser aceita algumas de suas diretrizes. Claro que se você apenas buscar aquilo que realmente é útil nestas apresentações, teríamos mais sucesso em ter um estado moderado. Bem, assim não estaríamos seguindo “a Republica” de Platão, estaríamos seguindo algo bem mais próximo do “Estado Legal” de Platão, apresentado em sua obra “As Leis”.

Em suma, o que eu quero mostrar é que não existe um modelo pré-formado ideal para se governar uma nação. Assim como Aristóteles apresenta vários modelos de estado, temos que ter em mente que não podemos nos atrelar em algo específico. Temos que pegar o que há de melhor no que a história nos mostrou e criarmos aquilo que seja ideal a uma nação, ou próximo disso, ou seja, algo que funcione. Pois assim como somos cada um de nós indivíduos com características únicas, o estado também o é. Por mais rico que seja o EUA (adendo - talvez um pouco menos a cada dia. wow!!), adotar o modelo dele de estado não transformaria Bangladesh em uma potência.

Minha visão ideal de estado e formação de cidadãos é com base na educação, mas uma educação ampla e apresentada de igual forma a todos, para que assim todos, independentes de sua origem (sejam estas étnicas, econômicas, sociais ou religiosas), tenham a oportunidade de aprender e mostrar seu valor e possam concorrer a todas as oportunidades de igual forma.

Não acredito que sejam apenas os filósofos os donos do governo por mérito, assim como não acredito que estes tenham que ser advogados ou administradores para ter a capacidade de comandar e desenvolver uma nação. Creio que em cada cargo se tenham requisitos próprios e estes é que deveriam ser observados na hora de se por alguém ali no cargo. Hoje vemos as indicações para os cargos técnicos do governo serem apenas por ligação política, ao invés de se respeitar à necessidade técnica de quem deveria ocupar tal cargo. Da mesma forma vejo as indicações a ministérios por ligações políticas e, às vezes, apenas pelo tal indicado ser técnico na área. Outro erro. Quando falamos em ministérios, ali realmente o que necessitamos são pessoas mais versáteis, algo como os administradores, pois não estão ali para comandar uma função técnica, mas sim uma posição de gestão de recursos e pessoas.

Também penso que a democracia deve ser respeitada, em todos os níveis. Impedir que letras ruins de músicas sejam postas à nossa escolha talvez não seja o caminho a seguir. Se fossemos realmente educados, não escutaríamos tantas monstruosidades que chamam de músicas e mais, não teríamos a total falta de vergonha e incapacidade para escrevê-las. Ou seja, num estado com educação, tais aberrações musicais nem existiriam e, se por acaso existisse, estariam fadadas à ignorância dos cidadãos.

Outro fato que se releva à democracia é o voto livre. Não podemos impor o voto obrigatório, pois é através dele que surge maioria dos grandes problemas políticos. Se eu não quero votar, não tenho que ser obrigado a fazê-lo. Com o voto obrigatório as pessoas que não estão satisfeitas com seus direitos de eleger representantes passam a ser muito mais vulneráveis ao voto de cabresto ou/e a vendê-lo por camisetas e bonés. Num estado educado e democrático, votariam apenas aqueles realmente interessados e seriam eleitos, desta forma, aqueles que têm capacidade real de administrar o estado. Muitos coronéis e aproveitadores de causas estariam sem votos desta forma.

Num estado democrático e preparado, as pessoas se preocupariam muito mais com sua alimentação e saúde, mas isto não lhes tira o direito ao atendimento médico, e não por que elas o pagam, mas sim por que viver é um direito básico. Se elas não foram capazes de, num hipotético cenário educado e capacitado, manterem sua saúde, a vergonha seria o maior preço punitivo a ser pago e jamais a morte proposital pela negligência médica ou do estado.

Num estado de cidadãos esclarecidos, assim como as músicas ruins, as religiões e narrativas religiosas cairiam por terra sem a necessidade de serem censuradas. Algumas pessoas necessitam de tal apoio, não observando se este será interesseiro, e ninguém tem o direito de tira-lo de ninguém. Já cometemos este erro por diversas vezes e depois sempre nos arrependemos depois. O imaginativo do ser humano tem um potencial enorme, mas por muitas vezes necessita de histórias fabulosas para ativá-lo.

Enfim, acho que a obra “a República” de Platão (que fique claro), a qual não li diretamente e posto minhas opiniões com referência em textos alusivos a ela em outras obras e sites, deve ser tomada como base sim, mas com muito cuidado, pois não podemos nos prender a idéias tão restritas e dogmáticas. Peguemos o que há de melhor nela e adaptemos, junto com toda a história da humanidade, em algo realmente de valor, não histórico, mas sim de valor a um estado atual.

Alfredo de França disse...

Bom antes de mais nada, tenho que dizer que concordo em muito com o Magnus sobre o que ele escreveu acima. Porém, tenho que fazer algumas observações, não para corrigi-lo, mas apenas para garantir que fui corretamente interpretado.

Bom, sobre a implantação da República de Platão, de fato, é algo totalmente distante de nossa realidade. Sua teoria precisa ser compreendida dentro do contexto histórico no qual surgiu. O fato de ainda hoje essa obra ser tão estudada se refere à reflexão que a obra nos leva a fazer da República, assim como da origem de muitos de seus males. Sua aplicação é mesmo impossível no nosso mundo, porém é possível tirar muitos frutos de suas reflexões.

A educação pela música e pela ginástica por si só, hoje, seria insuficiente, porém seria algo muito bom de ser implantado nas escolas, juntamente com o que já temos nos currículos escolares. Acredito mesmo que a música tem um potencial para influenciar as pessoas, tanto para o bem quanto para o mal, a tal da "musicoterapia" que o diga, e com certeza merece ser levado em consideração. Através da ginástica os sujeitos aprenderiam a cuidar do corpo, coisa que as pessoas não fazem e que acaba nos custando milhões em gasto de saúde pública.
Sobre a questão de o estado não fornecer atendimento médico para quem não se cuida, acho válido. Não acho que tenho que pagar o médico para atender quem não cuida de si próprio em sã consciência. Em Londres, essa idéia está prestes a se por em prática através de uma proposta de lei que está em votação. O sujeito já é proibido de fumar em qualquer lugar que não seja dentro de sua própria casa e, se mesmo assim continuar fumando, não terá direito a atendimento médico no sistema de saúde pública. Aprovo.

Sobre a questão de democracia e censura, atualmente, temos que tomar cuidado ao erguer essa bandeira. Esse discurso de "liberdade total" e crítica a todo tipo de censura é frequentemente usado para justificar propostas neoliberais que, longe de favorecerem o povo, favorecem apenas uma classe elitizada da sociedade, como essa tal de "liberdade de imprensa" por exemplo. O artigo que escrevi a pouco tempo "Informação e conhecimento na sociedade neoliberal" aprofunda um pouco mais essa questão.

Finalizando, sobre os governantes serem filósofos, Platão não quiz dizer que somente uma casta restrita poderia ocupar o governo. Penso que sua intenção era afirmar que os governantes devem ter uma consciência filosófica, voltada para o homem e a vida em comunidade. A filosofia não é restrita a apenas uma área do conhecimento, pelo contrário, está em tudo e todos, logo, administradores, professores, empresários, imperadores, artesãos, cozinheiros, enfim, todos podem ser filósofos basta despertar sua consciência para isso.

Como dizia Schopenhauer, "O filósofo e aquele que acende uma luz."

Darth Magnus disse...

Antes de qualquer coisa, preciso esclarecer um comentário que fiz em minha longa . Quando menciono a seguinte frase: “Por mais rico que seja o EUA (adendo - talvez um pouco menos a cada dia. wow!!)

Sim, a cada dia o EUA se rende a indícios de uma recessão da qual não se pode correr. A América Latina e a UE se mantêm firmes por hora, coisa que não vem acontecendo com a Ásia. Mesmo que o EUA busque participar de conflitos apenas como forma de aquecer a sua economia pela produção de armas e equipamentos bélicos, de nada adiantará, pois este processo de recessão se mostra irreversível, pois através do capitalismo e seu consumo ele se tornou uma grande nação e através do consumismo desenfreado, ele chegou ao topo das nações, no quesito econômico. Mas quando se consome ao máximo, não tem como consumir mais, logo, recessão.

Por que acho importante este apontamento? Porque o EUA por muito tempo foi um modelo de nação a ser seguido, segundo muitos, para se alcançar o topo da evolução. Errado! E o tempo mostra isso. Não existem modelos. Os impérios sempre caem, com ou sem guerras, viu Alfredo?!

Se alguém não entender esta lembrança ao sr. Alfredo, basta perguntar a ele! Ele esclarecerá melhor isso!

Sobre este ultimo comentário do Alfredo, vale lembrar e esclarecer que a maior parte de onde menciono a democracia e critico a censura, o faço num mundo imaginativo de uma população educada para viver de tal forma. Concordo que hoje a “volta da censura” é usada como desculpa para falar e publicar muitas inverdades e opiniões totalmente parciais, mas numa sociedade preparada e esclarecida, a censura não teria a necessidade de existir!

sejO! disse...

Particularmente, em meu estado ideal, a formação da pessoa também está em primeiro lugar, sempre pensei assim. A necessidade ou inércia têm tirado dos estudos os futuros homens, e a cada dia vejo mais e mais analfabetos funcionais.
Esses analfabetos não produzem riqueza, pelo contrário, a consomem.
Formam filas a procura de "salário", por mais miserável que seja, seja ele um "pão" público ou um "trabalho escravo" privado.
Também formam filas nos hospitais, ora seja por doenças, devido sua má alimentação, ou viver meio a esgotos, ora seja por acidentes, evitados por pessoas de melhor formação.

Essas teorias filosóficas, como já dito, nem em sua época aplicadas, mesmo que atualizadas, levariam gerações para gerar resultados.

O problema de caráter também só pode ser corrigido com a educação; familiar, de grupo, profissional. Ao envolver tantos, imagine, um indivíduo realmente está sendo testado.

A idéia de família atual, e propriedade estão criando uma geração estremamente egoísta. "Nossos filhos" já não conhecem tantas pessoas, tudo o que veêm está na televisão, na internet: Todos estão errado, são aproveitadores ou mendigos e você deve tomar cuidado.

A algum tempo, um filme sobre um doido que dizia ter vindo de outro planeta, mencionava a educação "dos filhos" por todos, uma grande e generosa família. Este é o primeiro passo, enorme e difícil, para acabar com o egoísmo, inacreditável.

Caso típico: "LALAU". Suas riquezas, errôneamentes adquirídas, divididas por dezenas ou centenas de filhos. Com que argumento voltaria a todos estes explicando suas origens? Ao meu 1 filho educo para ser um homem honesto, digno, líder de um grupo. E assim faria com mais e mais, de meu sangue, de meu grupo, dando carinho e dividindo minha riqueza. Um sujeito formado assim, meio a tantas famílias, dividiria melhor seus conhecimentos e riquezas.

Vendo assim, uma guerra, um revolução separatista, uma proteção comercial jamais seria apovada. Sua formação está do outro lado do campo, e a tem de defender também.

É difícil pensar assim, porque sua formação atual o impede.