Boas Vindas!

Você está no Congresso Nacional!
Um lugar onde se junta pessoas dos mais diversos estilos, etnias, gostos e opiniões e ficam aqui, sem qualquer tipo de receio, levando a banca suas palavras e considerações sobre os mais diversos assuntos.
Vamos apresentar nossas idéias, debatê-las ao fundo e, se alguma coisa for útil, agregar às nossas, se não, engavetá-las!

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

O abismo

Este é o último dia do ano.

Um bom momento para refletir sobre o que passou, e o que possivelmente irá acontecer no próximo ano, afinal, tudo irá começar de novo, o trabalho, a correria, a busca da realização de objetivos, e todo besteirol que já sabemos.


Então fiquei pensando sobre algo que é fundamental para o desenvolvimento de nossa sociedade, ou seja, a educação. E como esse assunto está em voga por essas bandas, decidi republicar um artigo que escrevi para o "Vôo de Ícaro" a cerca de um ano atrás. Para aqueles que já o leram, fiquem calmos, não se trata de simples reprise, o artigo está revisado, reeditado, e com uma mensagem mais acessível. Para quem ainda não o leu, leia!


As referências bibliográficas e conceitos de filosofia não são meros caprichos pseudo-intelectuais meus, mais do que isso, são singelas recomendações a todos.


E tenham todos um ano novo repleto de senso crítico!




Black Spiral Dancers


Dar aula é realmente uma atividade muito edificante.

Sendo observada a transparência na relação educador-educando, onde não existe autoritarismo e sim companheirismo*, os resultados acabam sendo muito proveitosos, e prazerosos. Acho que nunca tive uma experiência que me ensinasse tanto sobre a natureza dos homens e sobre a condição alienante das massas, dominadas pela idéia sufocante de um senso comum emanado de uma ideologia desumanizadora, provinda de uma elite no mínimo idiota.

Às vezes, sentado diante da típica mesa de professor, observo atentamente, quase que num devir filosófico, os alunos copiarem a matéria recém passada por mim na lousa. É uma coisa horrível, lêem, copiam no caderno e esquecem. Trata-se de um processo automático de eliminação de conteúdo, como se a história fosse algo exterior às suas naturezas, que se tornaram tristemente consumistas e movidas por sonhos de Daslu. É o resultado perfeito e frio do conceito de "Vigiar e Punir" de Michel Foulcault**, o Estado como perpetuador da desumanização das massas.

Mas é claro que isso não é algo que faz parte da natureza dessas pessoas. Elas são condicionadas, oprimidas, sufocadas, literalmente moldadas para agirem dessa maneira, ou mais do que simplesmente agirem assim, são transformadas numa espécie de “não ser” parmenidiano. A pessoa vive apenas no ínfimo e medíocre espaço de tempo presente, o passado reduz-se apenas a experiências pessoais que se tornaram dignas de algum destaque por raros momentos de prazer ou longos períodos de dor, quanto ao futuro, é resumido pela expectativa do próximo pagamento, do próximo capítulo da novela, ou da missa do próximo domingo. Diante disso, o mundo resume-se simplesmente a sua existência mórbida, movida únicamente pela inércia da sobrevivência. Pensar em si como um ser no mundo, como um ser coletivo, que é responsável pelo que acontece no mundo e que também pode mudar o destino das coisas parece ser algo quase impossível.

Isso faz eu lembrar da Espiral Negra de Werewolf***, com seus tentáculos, abraçando tudo e todos, envolvendo o mundo na estagnação e decadência da alienação, do desejo consumista e imediatista, do esquecimento do ser e da consciência crítica.

Não é nada fácil ir contra tudo isso. Aliás, praticamente ainda não existe uma maneira efetiva de se mudar o caótico cenário atual, no que diz respeito à formação do indivíduo. De um lado temos o estado neoliberal, que destrói toda tentativa de humanizar o ensino, através de um descaso característico nas definições de verbas do orçamento para a educação entre outras coisas. De outro observa-se as tentativas frustradas de estados que tentaram alcançar o comunismo no decorrer da História e que, invariavelmente, tornaram-se igualmente desumanizadores ao criar cidadãos doutrinados e condicionados à uma subserviência automática aos mandos e desmandos de um estado autoritário e igualmente opressor.

Ora, o que fazer diante disso? Boa pergunta...

* FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido.

** FOULCAULT, Michel. Vigiar e Punir

*** HAGEN, Mark Rein. Werewolf, the Apocalipse.

Pintura: Salvador Dali, Geopoliticus Child Watching the Birth of Man.


sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Retrospectiva 2007 – Lula lá!

Pois é, chegamos ao final de ano! Fim de 2007!
Realmente, o tempo passa muito rápido , próxima semana iniciaremos 2008, logo estaremos no Carnaval, Festas Juninas, Dias das Crianças e... Natal. Junto com ele lá terá ido mais um ano.

O ano de 2007 foi cheio de alergias e tristezas. Um ano com muito a se discutir, aprender e esquecer. Então, já que foi um ano onde tivemos muito o que ver e ouvir, vamos aproveitar para relembrar alguns destes fatos, comentá-los e ver o que podemos aprender e melhorar a partir de 2008 com base no que vimos em 2007.

Sim! estou propondo uma retrospectiva 2007 aqui no Congresso Nacional! Então vamos lá! Forcem suas memórias, pesquisem na internet e vamos comentar cada um dos acontecimentos mais marcantes deste ano que está para acabar!!!

Para eu começar, vou direto ao primeiro dia do ano e a um assunto muito preterido pela nossa nação: Política!
"1º de janeiro - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assume o seu segundo mandato presidencial. No discurso de posse, Lula promete fazer um segundo governo voltado para o crescimento econômico. Sem falar em números, Lula diz que o crescimento será combinado à inclusão social e distribuição de renda.

Novamente Lula! Enquanto lula iniciava seu segundo mandato, a população se dividia em dois blocos de opinião, cada qual com seu próprio desejo. para alguns este era: "Tomara que Lula faça um governo melhor do que o anterior!", enquanto que para outros, este desejo era: "Tomara que Lula faça um governo menos pior do que o anterior!".

Sendo sincero, vejo o governo Lula como uma continuidade do governo Fernando Henrique (dos dois mandatos), este que era uma continuidade do governo do nosso querido e discreto Itamar Franco.

Entendo a presidência como o cargo político mais importante do país, mas um cargo onde não se pode ou deve ser muito original nas tomadas de decisões. Claro que Itamar, Fernando e Luis pensam e agem diferentes, mas apesar de suas opiniões e histórias diferentes, acabam seguindo a mesma trilha, pois esta é a única cabivel de se seguir, a úinica trafegável. O que muda são a velocidade, o rítimo, os obstáculos e os companheiros de caminhada.

Decisões e planejamentos diferentes que buscam um mesmo fim: a estabilidade e sustentabilidade econômica. Investimentos na parte social existiram, assim como na infra-estrutura de base, mas grande parte da energia do governo esteve, está e estará voltado a economia.

Sinto que o governo está no caminho certo, apesar da morosidade com que o país vem crescendo. tem muito ainda a ser feito, confesso, mas acho que a trilha adotada para seguir este caminho, escolhida ainda na época do Itamar Franco, é a trilha que vem dando certo.

É possível melhorar? Aumentar este ritimo?
Sim, sempre se é possível melhorar, entretanto, ainda somos muito afetados pela situação econônica externa e pela especulação financeira, tanto interna quanto externa (e quem não é atualmente?), e não há formas de sermos drásticos na tomada de decisões sem que estas possam parecerem temerárias demais à estes que aqui investem, o que acabaria afugentando-os e ai, nem que se estas decisões sejam milagrosas no sentido de crescimento interno, sem investimentos externos, estamos fadados a decair.

O jeito e fazer aquela fézinha no cara e em sua equipe, passar a cobrar do governo, em todos os níveis, aquilo que nos é por direito e tentar ajudar a melhorar este país, pois mesmo as boas pequenas ações do dia-a-adia são capazes de contagiar as pessoas e criar um clima de auto-ajuda coletivo, com todos se tornando um pouco menos egoístas, mesquinhos e hipócritas.

Espero que aquilo que o nosso presidente fez, que talvez não tenha sido muito e nem o ideal, e aquilo que ele prometeu e não fez, nos sirva de exemplo de como devemos ou não agir, pois não podemos simplesmente continuar jogando a culpa naqueles que elegemos e esquecermos que NÓS os elegemos, que NÓS não os acompanhamos e NÓS não os cobramos.

Acho que o ano de 2007 mostra, através do início do segundo mandato de Lula, que todos nós merecemos uma segunda oportunidade para fazer as coisas certas, fazer aquilo que deve ser feito e da maneira que se deve fazer. Então, vamos aproveitar esta oportunidade e começarmos dar o melhor de nós para mudar este país e as nossas vidas, pois há muito percebemos que o suficiente de nós não é realmente suficiente para mudar coisa alguma!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

O Natal chegou, mas a vida continua.

Mais um ano passou, com ele escândalos, discussões que foram engavetadas no Congresso Nacional, muitas vidas foram extirpadas pelo crime, as notas foram publicadas nos murais das faculdades e escolas, mais pessoas perderam o emprego enquanto outras se orgulharam de conseguir um novo emprego. Enfim, como todos os outros anos a vida seguiu o mesmo caminho traçado nos anos anteriores.

Para celebrar todas as conquistas e festejar o nascimento do menino Jesus, nosso país, em apenas 3 dias, tenta liquidar tudo que existe no comércio. Tornou-se um verdadeiro inferno trafegar pelas ruas nos dias que antecedem a "festa religiosa". Será que as pessoas se lembram que o dia 25 de dezembro é um feriado bíblico? Bom, acredito que muitos aprenderam que o Natal serve apenas para dar e receber presentes; que o dia é para descansar, ou melhor, viajar e curtir a semana de folga; que se trata de recesso merecido.

Mais uma vez, sem apologia religiosa, a ignorância é fator decisivo nos costumes brasileiros. A falta de personalidade é tão notória que qualquer sopro de idéia resulta em sucesso. Vejam, por exemplo, a febre do "BOPE". Por onde ando vejo pessoas imitando o Capitão Nascimento. E o que dizer dos shoppings, que viram a noite para receber um público sedento em fazer crediários.

Indubitável que a falta de conhecimento faz da pessoa uma escrava da sabedoria alheia, mas é impressionante como o nosso país está nas mãos de poucas pessoas que cultivaram um lugar bom para as vendas, para a politicagem, etc...

Antigamente, acreditava que nosso país caminhava para uma revolução cultural, como aconteceu em outros paises há alguns séculos. Mas hoje, vejo que o Brasil caminha para a idade das trevas, e que o pior ainda está por vir, tendo em vista a geração que logo assumirá o timão.

Felizmente, como bom religioso, hoje, dia 24 de dezembro, antes das 24h., vou à igreja rezar e comemorar a festa religiosa, sem esquecer de deixar todos os pacotes de presentes empilhados próximo à árvore de Natal.

Para todos uma feliz noite de Natal!

Inclusão Digital: Ponto para a ignorância.

Pois bem amigos, venho aqui publicar meu primeiro artigo. Justamente para falar sobre um assunto no qual tenho lidado constantemente, que é a Inclusão Digital. Pois aos que não sabem, trabalho numa Lan House e tenho notado a cada dia que esta ferramenta dada a sociedade não tem sido tão bem aproveitada como poderia. E por quê?

A Inclusão digital, que deveria servir como ferramenta de busca de conhecimento, de troca de informações e até mesmo algo que poderia dar não só aos jovens (o foco do meu artigo) como também aos que tem mais idade, a possibilidade de conhecer novas culturas e curiosidades sobre N assuntos, tem sido utilizada pela maioria como uma mera distração. Pessoas pagam para não ter que fazer um trabalho escolar, e ao mesmo tempo, colocam o pouco dinheiro que conseguem para "olhar o Orkut", MSN e afins.

Vocês bem podem dizer: "Poxa, mas as pessoas têm que encontrar meios de se distrair, de sair do cotidiano".

Concordo, mas o problema é quando esta distração, que é algo louvável, se torna também parte deste cotidiano e, portanto, deixa de ser a distração que era inicialmente e passa a ser algo quase que obrigatório.

Já atendi muitas pessoas, e digo de forma muito otimista que 80% destas pessoas nunca leram um livro, ou se leram, era aquele livro de escola ou livros infantis. As mesmas pessoas não têm uma definição quanto a musica. Não sabem o que ouvem. Ouvem apenas o que sabem. Não usam esta belíssima ferramenta, que é a internet, para sequer procurar coisas do interesse delas mesmas. Se rendem a scraps e comunidades e passam horas fazendo isso sem sequer mover um dedo para procurar algo que enriquecerá seu baixo conhecimento.

Há pouco tempo atrás, a grande desculpa pela falta de conhecimento era justamente, a falta de bibliotecas ou de meios que disponibilizassem a oportunidade de essas pessoas, de o obterem. E agora que elas têm os meios. Não utilizam, ou pelo menos, não da forma mais apropriada.

Obviamente que uma porção de motivos levam os jovens para este caminho mais... digamos, desleixado. Mas que importa? Quando se abre uma porta, ao invés de entrarem, ficam olhando se a fechadura é bonita, ou se a porta é de madeira nobre. Eu morei minha vida toda em um bairro periférico, e nem por isso me deixei levar pelo caminho da ignorância.

Chego à conclusão de que os jovens que de certa forma, tem mais oportunidades e mais ferramentas para ter certo conhecimento e cultura se comparado as pessoas mais velhas (que mal sabem utilizar um computador), porem, simplesmente utilizam destas para evoluir seus personagens e/ou treinar a precisão de seus tiros em jogos de gênero. Ah sim, tudo isso depois de responder todos os scraps, claro.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Brasil, o país do futuro! II

O Banco Mundial mudou a metodologia para avaliação de paises para acompanhamento e análise das economias mundiais, segundo a nova metodologia, o Brasil agora é a 6ª maior economia do mundo, ao lado de França, italia, Reino unido e Rússia.

De sétima para sexta maior economia mundial, chegando a ter agora 3% da riqueza mundial gerada aqui, em território tupiniquim. Nesta nova metodologia de análise, além do calculo do PIB, há uma variante que faz análise do poder de compra de cada cidadão, algo como a pesquisa de uma revista econômica de calcula quantos Big Macs o cidadão de cada país compra com cem dolares.

Na análise restrita a América do Sul, o Brasil representa 50% da riqueza gerada, o que condiz com o território, mas não deveria condizer com a realidade. É algo realmente espantoso, algo que só mostra como a América do Sul está mal.

Como disse Pero Vaz: "Nesta terra, tudo que se planta, dá!". Um país enorme, com grandes capacidades em todos os sentidos e aspectos, que é muito mal aproveitado e quando aproveitado, é por uma minioria, a qual realmente não faz questão alguma de ver as coisas mudadas.

Realmente é perceptivel que desde a entrada do "Plano Real", ainda no governo de Itamar, o país vem melhorando ano a ano, a questão é que está melhora se dá na velocidade do caminhar de tartarugas e, de forma bem mais rápida, a disparidade no poder de compra entre os níveis sócio-economicos se dá muito velozmente.

Quando teremos uma equação socioeconômica que vá realmente corrigir estas desigualdades? Quando esta riqueza gerada pelo nosso país será aplicada no desenvolvimento dele mesmo e de sua população? Que tal um pouco de retorno benéfico a quem realmente ergue as mangas e soa a camisa dia após dia?

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Brasil, o país do futuro!

O relatório "Juventude Mundial 2007", feito pela ONU, indicou que o Brasil é um dos paises da America do Sul com maior quantidade de anos programados para estudo de jovens entre 15 e 24 anos, entretanto, na hora do vamos ver, o Brasil passa a ser um dos piores, com uma das menores médias de anos na escola, 8,4 anos.Para situarmos como estamos, podemos pegar exemplos que não são os extremos de melhores ou piores, tais como a Argentina, com média de 10,5 anos e Nicarágua, com 7,9 anos.

Isso vem a mostrar o quanto estamos mal no quesito educação, no entanto, há uma ressalva, pois este mesmo estudo mostra que nossos antepassados estudavam uma média de 7,5 anos. Ou seja, a cada ano que passa, estamos aumentando esta média, ou seja, ficando melhor, ou ficando menos pior. Tudo bem que, como diria aquela música, "Com passos de formiga e sem vontade".

Infelizmente está análise não apresenta uma média anual por classe social, o que seria bem interessante para saber de quem é o interesse de estudarmos tão pouco, mas uma outra matriz apresenta um indice de assiduidade. Entre os 20% dos jovens entre 13 e 19 anos das camadas mais pobres, a assiduidade é de 73,6%, enquanto que nos 20% das camadas mais ricas, este valor sobe para 89,8%.

Ou seja, quem mais precisa do estudo para melhorar de vida, não comparece as escolas. Sabemos que pode haver uma infinidade de razões para este fato ocorrer, mas em suma, o que realmente falta, é vontade política e cobrança de toda a sociedade para que este quadro mude, mas, para muitos, este quadro está bom, pois não se poder haver ricos se não existirem pobres.

Não tarde, há de ser mencionado que é vergonhoso o nível de qualidade do ensino no Brasil. Em sua maioria o que vemos são somente analfabetos funcionais, educados para trabalhos braçais e doutrinados a aceitar aquilo que lhe é imposto. Ao meu ver, o que é mais grave não é a pouca quantidade de anos que passamos na escola, mas sim a qualidade de ensino que nos é oferecida e a qualidade e quantidade que é compreendida por nós. Como diria Casoy: “Isso é uma vergonha”!.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Paralamas do (sempre) Sucesso!


Ontem tive a oportunidade de estar presente a um show do trio Paralamas do Sucesso. Confesso que não sou muito de ir a shows, mas sempre que estive presente nestas aglomerações de milhares de pessoas, gostei. É como se todas as qualidades daqueles que estão ali encima do palco se expandissem por todo aquele momento mágico, tornando mediocres grupos em bons grupos e bons grupos em lendas vivas.

Quem me conhece sabe que para mim o melhor grupo nacional de rock é o Irá!
e que, na minha opinião, os demais estão nivelados um degrau abaixo. Mas ontem, não sei se pela magia presente no ar, ou se pelo fato de estar num show exclusivo, com menos de trezentas pessoas, os Paralamas me surpreenderam e realmente posso garantir que foi um ótimo show, digo além, um dos melhores ao qual já fui!

Herbert Vianna (guitarra e vocal), Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria) adentraram ao espetáculo com algum atraso, nada anormal, para um show previsto de 1:30h de duração. Assim que vi o Herbert, veio a minha mente toda aquela história sobre seu acidente e sobre sua perseverança em continuar em frente. Sua face estava carrancuda, fechada, com cara de quem não estava muito feliz por estar ali, com cara de quem não se esforçaria muito e que provavelmente encerraria a apresentação alguns minutos antes do programado, mas era só cara e impressão. Acho que o cara é marrento mesmo e que o que transparecia em sua face era concentração.

Por duas horas tive o prazer de ouvir, cantar e dançar (tentar... rsrs) os sucessos de mais de 20 anos de banda. Os pessoas vibravam, alguns poucos, mais fãs e empolgados, até choravam. Os caras suaram a camisa e fizeram todos ali presentes pularem e cantarem suas musicas até a garganta doer. Enfim, pude presenciar, em tempos de bandas tão mediocres uma banda de dinossauros realmente fazendo o que gostam, e fazendo bem, dando um SHOW.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Bolívia, terra de ninguém...

O líder esquerdista e cocalero Evo Morales, eleito presidente da Bolivia em 2005 com 53,74% dos votos, vive dias que parecem levar a um divisor de águas para ele e todo seu país. No sábado (15/12/07) os quatro mais ricos Departamentos (Estados) da Bolivia declararam autonomia administrativa ao poder federal.

Esta atitude de afronta à Evo Morales, um grito ante a uma nova constituição votada a mira de rifles, segundo imprensa interna contra Evo, culmina num momento de fortalecimento ou queda de Evo. Ele foi posto contra a parede e tem como alternativas a busca por uma solução diplomática, a qual com certeza terá que abrir mão de muitas de suas ideologias e poder frente aos Departamentos, ou, usar da força contra os rebeldes.

Evo tem um histórico bem interessante. ativista esquerdista indigina cocalero e, por intenção e não execução, terrosista. Evo se elegeu com os votos daqueles que esperavam uma Bolivia melhor, uma Bolivia para os bolivianos. Claro que Evo tem feito muito por estes cidadãos até então de 2ª classe, mas o problema são os metodos utilizados, metodos estes que vêm rachando a Bolivia e apontando para uma deflagração civil ou um golpe militar que, em ambos os casos, levará a violência e morte de inocentes.

Evo tem lutado contra interesses estrangeiros, tanto dos capitalistas estampados em empresas como a Petrobras, como contra os interesses de um enfraquecido "Che" Hugo Chaves, que sonha em ter a Bolivia como seu quintal.

Frustrante e ver que a nossa América, a sulista, mas uma vez parece começar a se afundar em conflitos, estes que sempre vem e vão, mas que nunca chegam a lugar algum, para a felicidade daqueles que se beneficiam de nossa fraca América e infelicidade daqueles que aqui vivem, ou tentam sobreviver.

Fim da CPMF. Melhor ou Pior??

eNesta semana que passou, o governo do PT teve uma de suas maiores derrotas desde a sua
entrada no Planalto: a não aprovação da prorrogação da CPMF.

Por mais de um mês tive a oportunidade de acompanhar via rádio e internet toda esta novela com traços mexicanos e a tradicional pitada brasileira. Foram semanas de reuniões e mais reuniões, acordos e desacordos, apoios de rivais e oposição de aliados, para no fim o que realmente se sobressaísse fosse a picuinha da minoria da pancada do PSDB.

O DEM, antigo PFL, estava fechado na oposição à prorrogação, os demais partidos estavam "focados" em apoiar a determinação das presidências de suas respectivas bancadas. O PT tinha suas dissidência, o PMDB não seria PMDB se não estivesse dividido e o PSDB era ao mesmo tempo contra e a favor da prorrogação, mas mesmo com o apelo dos governadores-presedenciáveis, com o apoio da maioria da bancada, a presidência da bancada peessedebista fechou voto contra a prorrogação. Uma bagunça completa, mas enfim, a votação se deu e a CPMF caiu. Fim da CPMF. Melhor ou Pior?

Pra quem achava que a bagunça e toda a novela da CPMF tinha acabado, se enganou. Um dia após a queda da CPMF, o governo passou a falar em novo orçamento, remanejamento de contas, mudança na arrecadação e até diminuição dos investimentos. Foi trágico, mas não pôde deixar de ter tom de comédia pastelão a fala do ministro da fazenda, sobre a saúde ser a mais prejudicada com a queda da CPMF, pois os investimentos nela cairão e ela perderá a qualidade... espera ai!!!! Que qualidade é esta que ele está falando???? Será que vivemos em paises diferentes? Ou seriam "apenas" mundos diferentes??

E, só pra não perder o ritmo de caos, o PSDB já fala na criação, em 2008, de um novo imposto, para suceder a CPMF. Seria consciência pesada? Admissão de um erro cometido? Ou apenas visão de futuro, visto de seus governadores-presidenciáveis não querem perdem o pote de ouro da CPMF num provável futuro próximo?

Mas o fato é que tenho escutado a opinião de vários setores, principalmente da economia, e não há um consenso sobre a queda da CPMF, se ela realmente será "mais melhor" ou pior ao Brasil.

Infelizmente percebo que nos tornamos uma população acostumada a pagar impostos. Que em vez de questionarmos e cobramos um uso melhor do arrecadado, ficamos receosos com o fato do governo perder parte desta imensa arrecadação mal empregada, desta forma, criando a possibilidade de termos um alto déficit na economia primária. Será que nunca gritaremos que estamos descontentes e que queremos que estes que nos representam o faça com um pouco mais de vergonha em suas caras? Será que jamais cobraremos um uso melhor desta montanha de dinheiro arrecadado num sistema feito para não funcionar e que vem funcionando??
Sei lá, às vezes acho que isso virou Brasil!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Boas-Vindas!!

Nada melhor do que começar com um artigo de boas-vindas!!!

Vamos ver se depois de tantos e tantos blogs conseguimos ficar pelo menos um ano aqui, postando e discutindo!

Vamos logo falar o do por que do nome Congresso Nacional।

Sim, eu estava sem qualquer criatividade no momento. Pensei por algum tempo, pesquisei, sondei, mas não achava nada que pudesse ser tao grandioso e digno para se por num blog (!!). Fiz o mais fácil, busquei por referências fáceis, nomes de lugares, pessoas e instituições. Então pensei: por que não Congresso Nacional? É perfeito.

Um lugar onde se junta um monte de pessoas, dos mais diversos estilos, etnias, gostos e opiniões e ficam ali, desavergonhadamente, sem qualquer tipo de receio, levando a banca suas palavras e considerações sobre os mais diversos assuntos, muitas vezes banais, descartáveis, parciais e com segunda intenções totalmente egoístas, mas em igual quantidade com sábias opiniões, propostas e soluções, mas todas, boas ou ruins, que ficam ali, por dias, meses e anos, sendo discutidas numa discussão sem fim e que por muitas vezes, acabam sendo engavetadas.

Opa! Então quer dizer que isto aqui é um lugar para se discutir e não se chegar a lugar algum? Exato!

Vamos fazer como eles! Apresentar nossas idéias, debate-las ao fundo e, se alguma coisa for útil, levar às nossas, se não, e sabemos que a maioria não será, engavetá-las!