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Um lugar onde se junta pessoas dos mais diversos estilos, etnias, gostos e opiniões e ficam aqui, sem qualquer tipo de receio, levando a banca suas palavras e considerações sobre os mais diversos assuntos.
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terça-feira, 29 de abril de 2008

TUDO PELA “NOVELA DAS OITO”

No último dia 24, nosso Excelentíssimo Presidente da República sancionou o projeto de lei cujo teor é alterar o fuso horário dos estados da Região Norte do país. A mudança atinge, principalmente, o horário do Acre e de 26 municípios do Amazonas que, em relação à Brasília, será de apenas 1 hora, antes eram 2 horas.

A lei foi aprovada dias após a entrada em vigor da Portaria 1.220/2007, determinando que as emissoras de TV adaptem suas transmissões aos diferentes horários vigentes no país, em respeito à classificação indicativa dos programas.

A exposição de motivos apresentada na lei justificam a alteração do fuso para “facilitar o transporte aéreo e a integração com o sistema financeiro nacional”. Mera dissimulação do criador do projeto, o senador Tião Viana (PT-AC).

A questão fundamental da Portaria em questão é que a Rede Globo seria obrigada a adequar o conteúdo da “novela das oito” para ser exibida de forma simultânea em todo o país.

No entendo, a emissora decidiu criar uma programação “própria” para os estados com o fuso diferente de Brasília. Assim, deixaria de transmitir ao vivo os jogos de futebol realizados no meio da semana.

A lei que trata da alteração do fuso, em princípio, passaria por plebiscito popular antes de ser apreciada pelo chefe do Poder Executivo. Porém foi alterada antes de chegar ao conhecimento do Presidente, que sancionou a lei “sem pensar” nas possíveis conseqüências da alteração.

Tal mudança é questão a ser discutida na comunidade cientifica, já que trará impactos do ponto de vista biológico, social e econômico, sendo irresponsavelmente ignorado por “nosso” representante.

Foi desconsidero o potencial aumento de energia que mudança acarretará, pois os estados “vítimas” não promovem o horário de verão. Sem falar nos prováveis impactos no metabolismo da população, já que muitos iniciarão suas atividades diárias ainda no escuro.

Mais uma vez o povo foi vencido sem ao menos entrar na batalha, restando apenas o consolo de que foi por um motivo nobre: a novela das oito.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Caso Isabella - ou como transformar uma morte numa minissérie global

Estava relutante em escrever algo sobre este tão controverso e polêmico caso que vem tomando quase que em sua totalidade as machetes da midia. Relutante por achar que o caso Isabella está desgastado, super-exposto e sem uma explicação definitiva ainda, mas não pude abrir mão de expressar o que penso a respeito de tal.

Em primeiro lugar, como já deixei a entender, acho que este caso está sofrendo de uma super-exposição na mídia, em todos os veículos. Em uma semana, das quatro principais revistas semanais de grande circulação em São Paulo, três tinham o caso na capa. Todas as vezes que ligo a televisão, o que não faço com tanta frequência, vejo somente as especulações sobre o caso e na internet e rádio não é diferente. Em segundo lugar, não vou me extender muito, pois acho que assim como eu, muitos não aguentam mais ouvir falar nisso.

Estava decidido a não escrever a respeito, pelo menos até quando não houvesse uma solução para o caso, pois ficar supondo e empurrando suposições como se tivessem algum valor, não é de meu interesse, no entanto, uma entrevista que tive a oportunidade de ouvir por uma rádio de notícias de grande audiência fez com que eu deixasse meu silencio e viesse a expôr o que penso.

Na entrevista, um psicólogo, “especializado em influência da mídia sobre a sociedade” explicava o porque de tanta “badalação” sobre o caso. No entender dele, as pessoas enxergam o caso com muita proximidade de suas realidades mundanas e as investigações e as sempre atualizações de reportagens passaram a ser como uma minissérie de tv, onde as pessoas têm suspense, amor, ódio, violência e expectativa. Sim... como numa destas séries globais.

Bem... não sei se sou anormal, mas enxergo neste caso uma tentativa (com êxito) de criar uma mobilização nacional em torno de um crime, para desta forma poder vender notícia e audiência. Sim, isso mesmo. Não vou especular sobre de quem é a autoria do crime e nem os motivos, pois não sou criminalista e nem tenho condições de assim fazer, pois nem a policia que o investiga pôde fazê-lo ainda.

Eu enxergo uma tentativa da mídia nacional fazer deste caso Isabella um caso de mesmas proporções do caso Madeleine e faturar com isso. Sinto pela família, por todas as famílias envolvidas, tanto da mãe da criança, quanto do pai e da madrasta, sem levar em conta de quem seja a culpa do crime, pois as famílias não são e nem serão as culpadas.

Reporteres passam dia e noite em frente as casas dos envolvidos, delegacias e foruns. Envolvidos não têm mais paz. Na derrubada da prisão temporária, nem o juíz quis se expôr a mídia, entregando a decisão dele a um funcionário fora do forúm, sem que a mídia podesse ter o deleite de questioná-lo pela decisão, esta, uma decisão técnica e que nada tem a ver com os rumos das investigações.

Sempre sou contra o tal “sigilo de investigação”. Toda vez que leio ou ouço que “a investigação segue sob sigilo” tenho um sentimento que existe uma tentativa de esconder os fatos, a verdade, no entanto, quando este caso foi posto sob sigilo, fiquei feliz, pois após apenas três dias da morte, eu já não aguentava mais ver ou ouvir do mesmo em todos os canais e sites. No entanto, parece que até nossa justiça, através de alguns de seus representantes, quer que este caso tenha esta mostra exagerada e fundamentada em fatos infundados e oficiosos. Pergunto-me se o mundo parou depois da morte de Isabella e se depois de solucionado este crime, se voltaremos a ter mais de uma manchete para ler.

Posso até estar sendo intransigente sobre isso, mas acho que tanta especulação e “achismo” não ajudam em nada e que estas atitudes, como diz o tal especialista à rádio, só vêem a tornar o caso uma minissérie televisiva, o que também muito me preocupa, pois espero que diferente do que ocorre na televisão, este caso não seja apenas o primeiro de vários, com nomes diferentes, mas que não mudam em nada seu conteudo e com o tempo acabam por perder seu valor e choque inicial à população.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Celular deve matar mais que o cigarro, diz médico

da Folha Online

O uso do celular deve matar mais que o cigarro em alguns anos, segundo estudo de um médico australiano publicado na internet. Vini Khurana, um neurocirurgião que recebeu 14 prêmios em 16 anos, pede que a população use o aparelho o mínimo possível, principalmente quando se trata de crianças.

O médico analisou cerca de cem trabalhos científicos publicados sobre o tema para chegar às suas conclusões. Segundo ele, há ao menos oito estudos clínicos que indicam uma ligação entre o uso de celulares e certos tipos de tumor no cérebro.

"Já há previsões de que esse perigo tenha mais ramificações para a saúde pública do que o amianto ou o fumo. Isso gera preocupações para todos nós, especialmente com a geração mais nova", afirma Khurana, que é professor de neurocirurgia na Faculdade Nacional de Medicina da Austrália, no estudo.

A comparação entre as mortes causadas por cigarro e por celular se deve ao fato de, atualmente, cerca de 3 bilhões de pessoas usarem esses aparelhos, número três vezes maior que o de fumantes, afirmou ele ao jornal "The Independent".

Processo lento

Para Khurana, ainda não há mais dados sobre o assunto pelo fato de a intensificação no uso dos celulares ainda ser recente. Ele afirma que o período de "incubação" --tempo entre o início da utilização do aparelho e o diagnóstico do câncer em um indivíduo-- dura de dez a 20 anos.

"Entre os anos de 2008 e 2012, nós teremos atingido o tempo apropriado para começar a observar definitivamente o impacto dessa tecnologia global nos índices de câncer de cérebro", diz ele.

Para evitar o problema, Khurana sugere, entre outras medidas, que as pessoas evitem ao máximo o uso do celular, dando preferência ao telefone fixo. Ele pede também moderação no uso de Bluetooth e de headsets (fone de ouvido com microfone) sem fio. Outra dica, de acordo com o médico, é usar o viva-voz para falar, mantendo o celular a pelo menos 20 cm da cabeça.

Em janeiro deste ano, o governo francês pediu "prudência" no uso de celular pelas crianças, apesar de não ter dados científicos que comprovem os malefícios do aparelho para a saúde.

O ministério pediu que as "famílias sejam prudentes e saibam usar estes aparelhos", lembrando que é recomendado o uso moderado do celular, principalmente pelas crianças, "que são mais sensíveis porque seus organismos ainda estão em desenvolvimento".