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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Terroristan

Uma pequena mentira é sempre um convite para uma mentira maior. Horas depois da morte de Osama Bin Laden, após uma precisa operação que deverá entrar para a história, o governo de Asif Zardari enterrou toda a credibilidade paquistanesa junto com os ossos de Bin Laden através de uma série de declarações contraditórias. Talvez o governo paquistânes acredite que seja legítimo encobrir fatos em meio a névoa da guerra já que o país se tornou um campo de batalha nos últimos anos.
Oportunismo veio naturalmente ao governo paquistânes a principio. Os principais suspeitos correram para os estúdios de TV e declararam que Osama havia sido morto em uma "operação conjunta". Enviados a Londres e Washington deram declarações, como a concedida a BBC, de que Osama havia sido coagido a mudar para Abbottabad apenas dias antes da operação, em uma pré-concebida armadilha com um resultado explêndido.
O diretor da CIA, Leon Panetta, acabou com essa ficção ao afirmar que "Qualquer esforço de trabalhar com o Paquistão poderia ter minado essa operação. Os alvos poderiam ser informados." Ainda na América, John Brennan, um dos homens fortes na Casa Branca dizia que era inconcebível que Osama teria vivido tanto tempo no Paquistão sem qualquer tipo de suporte. A mensagem foi clara, a América acreditava que Islamabad teria ajudado Osama a escapar caso soubessem da operação.
Mais tarde Zardari foi forçado a admitir que seus homens não haviam dado declarações precisas e que os eventos que levaram a morte de Bin Laden não eram parte de uma operação conjunta. Logo depois, talvez sob pressão interna, ele ainda acusou o governo americano de ter violado a soberania paquistanesa.
Porém uma questão parece ter sido ignorada pelo governo paquistânes. Como o serviço de inteligência paquistânes não sabia que uma das faces mais conhecidas do planeta vivia no quintal de um dos pontos militares mais importantes do país junto de esposas, crianças e asseclas? Se Islamabad soubesse, o que alguns afirmam hoje, porque o Paquistão não usou sua soberania para prender Osama e levá-lo ao tribunal, ao invés de esperar que os americanos descobrissem seu paradeiro? Há uma boa gama de possibilidades para essa resposta.
A despeito da credibilidade paquistanesa, o maior perigo que emergiu da ameaça da Al Qaeda e Bin Laden é sua ideologia, que vem encontrando um campo fértil no Paquistão e Afeganistão, e em organizações como o Talebã. E além disso, mostra que Obama deve escolher melhor seus amigos, com tanto cuidado quanto vem escolhendo seus inimigos...