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terça-feira, 7 de abril de 2009

Não, não, não... mil vezes não!!!

Não posso deixar de postar aqui um texto sobre algo tão simples e banal que às vezes se torna tão complexo: o simples fato de dizer “não”.

[Do lat. non.]
Adv. 
1. Exprime negação. [O adv. não funciona muitas vezes como partícula de realce: & & ] 
S. m. 
2. Negativa; recusa: 2 

Sim, ou melhor, “não”. As pessoas não conseguem aceitar uma resposta negativa, ainda mais ela sendo um puro e simples “não”. É impressionante. Se você pergunta a uma pessoa algo praticamente impossível e ela responder “sim”, de acordo com seus desejos e anseios, tudo bem, mas basta um “não” e a conversa muda para um tom de ofensa, discussão e não aceitação. Não fomos educados a escutar um “não” como resposta. Preferimos mil vezes sermos enrolados a ter que acatar tal palavra amaldiçoada.

Vocês podem entender este texto apenas como um ensaio teórico, mas desafio-os a levá-lo a prática. Sim! Experimente começar a responder uns “não” às pessoas a sua volta. Geralmente a primeira reação é um “Por quê?” com cara de indignação. Ninguém pergunta o porquê do “sim” benéfico, mas o “não”...

E isso não é exclusividade de uma classe social, ou de um tipo específico de classe profissional, mas uma reação normal que parece estar embrenhada em nosso DNA. Se um pedinte chega em ti e pede uma esmola e você responde que “não tem” (mas tendo e ele sabendo que você tem), sem problemas, mas se dizer apenas um “não”, pronto... já se torna um maldito antipático berço de ouro que não compreende a dura vida daqueles menos afortunados.

E se o “não” for direcionado àquele seu chefe todo cheio de pompa, classe e palavreado doce, pronto, o clima desfavorável está criado e com certeza ele levará tal resposta para o lado pessoal. E não falo de um “não” preterindo um trabalho ou favor, mas um “não” apenas demonstrando sua posição sobre uma opinião dele.

Acho que agora entendo o Caetano Veloso, o qual faz meia hora de discurso positivo para no final de sua explanação, meter um tímido “não” a resposta. Esta é a tática perfeita. Covarde, mas perfeita a quem não quer desagradar ninguém. Os “sociavelmente apresentáveis”. Mas não! Este não sou eu, e como não faço parte deste grupo, continuarei seguindo minha estrada de pedras e distribuindo meus “não” sem explicação, pois esta é a minha vontade, esta é a minha resposta.

Só preciso ficar “esperto” para que nenhum revoltado pegue uma destas pedras da estrada e atirar em mim pelas costas...