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sábado, 14 de novembro de 2009

Água na Lua

A exploração espacial tomou um novo rumo, particularmente referindo-se a uma permanecia prolongada do homem no nosso satélite natural. A descoberta de água, ainda que solidificada nas crateras permanentemente em sombras, desmistifica um lugar triste, vazio, morto.

Ai muitos se perguntam: Pra quê?

Os bilhões de dollares investidos em novas descobertas fora do planeta, e na exploração e na permanência de pessoas no espaço poderiam ser revertidos para diminuir o sofrimentos de famintos na África, minimizar efeitos de guerras no Oriente Médio, talvez acabar com o tráfico de drogas que tem origem na América.


Viu? Água na Lua: torneiras secas.

Mas o que mais intriga muitos é o fato de faltar água (potável) nas torneiras.

O Brasil, como todos sabem, é a maior reserva de águas doce do mundo, temos a maior bacia (Amazônica), temos altos índices de chuvas, principalmente no verão mas, falta água para nossas necessidades básicas. Não estou falando somente de grandes regiões metropolitanas, e sim de um pais inteiro. (se quiser pode prolongar isso para o resto do planeta também)

Aqui em Guarulhos, tribo onde moro, o serviço de fornecimento funciona por 2 dias, 1 pára. Quando retorna demora quase um dia para que o fornecimento seja normalizado nas regiões mais altas da tribo. Soma-se a isso, obras de melhoria ou ampliação, que repetidas vezes mal planejadas, interrompem o fornecimento naqueles 2 dias em que o fornecimento deveria ser normal (ou quase). Pra piorar, um “apagão” parou o funcionamento de bombas e do tratamento das águas, deixando mais de 2 milhões sem águas nas caixas.


Um imbecil da tribo.

Esse problema de abastecimento só tem piorado com o passar dos anos. Reservas verdes que protegem os mananciais são cada vez mais derrubadas para construção de condomínios ou invadidos por habitações populares (ou nem tanto), secando as fontes e contaminando o solo.


Represa Billings: Descaso.

Um bom exemplo são as represas Billings e Guarapiranga, na tribo São Paulo. Recentemente, o governo desistiu de tirar as milhares de pessoas que contaminam os maiores reservatórios da região metropolitana.

Algum tempo atrás li um pequeno livro (me perdoem não lembrar o nome) que falava de forma acelerada o desenvolvimento da civilização, desde a era da rocha, e em certa parte os nativos tinham suas habitações e jogavam o que não era útil e seus dejetos pelas janelas. Na história, o líder dos nativos implementou um sistema de captação desses “esgotos” e encaminhava até o riacho próximo, o que causou outro problema: a contaminação das águas provocando doenças aos nativos. Para resolver isso, represou as águas antes da tribo para consumo, e matou o riacho após.

Nessa sexta-feira, um programa de TV apresentou a destruição do cerrado brasileiro e seus efeitos e as previsões de especialistas ambientais. Lamentável o futuro das próximas gerações. Com a destruição das matas, não vai sobrar águas para ninguém.

Cerrado: Caixa d´água do Brasil sobre ameaça.

Isso faz lembrar de outro livro “Passageiro do futuro” (coleção vaga-lume): Em certo ponto o personagem acordava e observava um imenso deserto de sua janela e imaginava: “-como pode ali ter sido a maior floresta do mundo?” Não é exagero, a floresta tem sido engolida por plantações de soja e à quem culpar pelo crescimento econômico?

Cada dias mais, os pequenos riachos de nossas infâncias tem sido canalizados e rebatizados de córregos, sentimos cada vez mais os efeitos de problemas de abastecimento de águas. São raras exceções de organismos públicos ou não que tratam os esgotos evitando contaminar as águas e o solo.

Afinal, agora que confirmou águas na lua, tragam um balde, pois em casa está faltando.

3 comentários:

Alfredo de França disse...

Só pra constar, quem bombeia a água do sistema cantareira pra Guarulhos é a tal da SABESP. Temos uma infinidade de água no nosso município que vai quase toda para a capital enquanto que nós aqui ficamos torcendo pra vir água da lua.

Interessante, os tucanos venderam quase metade da SABESP na bolsa, agora é uma empresa que tem acionistas e portanto tem que dar lucro, e os municípios continuam pagando impostos para sustentá-la sem no entanto obterem retorno.

Recentemente o SP TV fez uma série de reportagens que mostrou vários prefeitos da Grande São Paulo e interior indignados com a SABESP que recebe dinheiro dos municípios do Estado inteiro e só investe na Capital.

Para onde vai esse dinheiro??

sejO! disse...

O abastecimento da zona norte de São Paulo e Guarulhos é feito com água represada em Jacareí, bombeada até a grande São Paulo. A zona sul é abastecida pela Billings e Guarapiranga. O custa para bombear e tratar essas águas é altíssimo e nós cidadãos não teríamos condições de arcar com isso diretamente (por isso é subsidiado pelo estado). E olha que nem vou mencionar o desperdício e “gatos”, que calcula-se em 50% de tudo que é produzido.

Se o sistema é estadual, municipal, federal, não é isso que propus discutir, o problema de abastecimento é culpa 100% nossa, por jogar lixo na rua, por não cobrar tratamento dos esgotos, por desperdiçar. O que chamamos de culpa política também é nossa, nós elegemos os mandatários que ai estão.

Quem culpar pela superpopulação da região metropolitana e ocupação desordenada nos mananciais? Quem culpar que ainda em 2009 não temos tratamento dos esgotos residenciais e poluímos o tietê cada vez mais?

Vale lembrar que já estiveram no governo estadual e municipal o PMDB, PSDB, PT e tudo continua como a 30 anos atrás.

Wagnelson da Silva disse...

O Nalfred sempre aparece com comentários tendenciosos, jogando a culpa para o governo tucano, sempre culpa do governo que não é petista.

Acompanho o postador em quase tudo que foi lançado no texto. Acredito que falta compromentimento da nossa comunidade em exigir providências por parte dos representantes que elegemos a cada bienio.

Mais, devemos nos conscientizar com todos os problemas que assolam nossa cidade, desde o abastecimento até o tratamento do esgoto que produzimos.

É inaceitável uma cidade com o porte de Guarulhos viver à sobra da cidade de São Paulo, sem informação própria e se quer lideres de representação.