DOROTHY STANG
Em 1982 começava a luta da Missionária Dorothy Stang em uma das regiões mais pobres do estado do Amazonas. Cortada pela rodovia Transamazônica, a cidade de Anapu é considerada uma das mais carentes da região e, por isso, a Irmã Dorothy rumou em direção àquele lugar com o intuito de colaborar para o desenvolvimento daqueles que por lá vivem.
Na mesma época se iniciou uma terrível disputa entre grileiros, madeireiros e pequenos produtores pela posse das terras, que se tornou uma das áreas mais atacadas pelo desmatamento. Dorothy denunciou muitas irregularidades e situações de abusos às autoridades brasileiras e esteve presente na CPI sobre a violência no campo, em 2004.
Destemida e perseverante, Dorothy Stang estava engajada nos projetos de desenvolvimento sustentável da região, e seu maior sonho era que os trabalhadores rurais conquistassem um pedaço de terra para cultivarem. O PDS – Plano de Desenvolvimento Sustentável, que tinha como escopo assentar famílias para a produção agrícola – é antagônico aos interesses daqueles que se intitulam “donos” da região, alimentando a ira deles em desfavor do programa.
Aos 73 anos de idade, Irmã Dorothy levou até o fim o ideal que considerava a solução para os problemas daquela terra, quando, aos dias 12 de fevereiro de 2005 foi covardemente assassinada com 6 tiros à queima roupa.
Três anos se passaram desde a morte da missionária, caso que ainda gera muita indignação. Ontem, dia 06 de maio, um dos supostos envolvidos em seu assassinato, o fazendeiro Valtamiro Bastos de Moura foi absolvido pelo conselho de sentença da 2ª Vara do Júri de Belém, por 5 votos a 2.
Um ano antes, a mesma Vara condenou o Fazendeiro a 30 anos de prisão por ser ele um dos mandantes do crime. Nos casos em que há condenação com pena superior a 20 anos, o réu passará por novo julgamento, o que de fato aconteceu.
A decisão de ontem, por mais injusta que tenha sido foi, no mínimo, o retrato de uma justiça precária, o que gera total desconforto social e muita indignação, sem falar na impunidade.
Casos como o da missionária Dorothy Stang demonstra a enorme necessidade de uma reforma na estrutura social do Brasil, principalmente na consciência da sociedade, que deve ser feita de imediato. O que era pra ser um exemplo de caráter e perseverança está se tornando sinônimo de impunidade.
Em 1982 começava a luta da Missionária Dorothy Stang em uma das regiões mais pobres do estado do Amazonas. Cortada pela rodovia Transamazônica, a cidade de Anapu é considerada uma das mais carentes da região e, por isso, a Irmã Dorothy rumou em direção àquele lugar com o intuito de colaborar para o desenvolvimento daqueles que por lá vivem.
Na mesma época se iniciou uma terrível disputa entre grileiros, madeireiros e pequenos produtores pela posse das terras, que se tornou uma das áreas mais atacadas pelo desmatamento. Dorothy denunciou muitas irregularidades e situações de abusos às autoridades brasileiras e esteve presente na CPI sobre a violência no campo, em 2004.
Destemida e perseverante, Dorothy Stang estava engajada nos projetos de desenvolvimento sustentável da região, e seu maior sonho era que os trabalhadores rurais conquistassem um pedaço de terra para cultivarem. O PDS – Plano de Desenvolvimento Sustentável, que tinha como escopo assentar famílias para a produção agrícola – é antagônico aos interesses daqueles que se intitulam “donos” da região, alimentando a ira deles em desfavor do programa.
Aos 73 anos de idade, Irmã Dorothy levou até o fim o ideal que considerava a solução para os problemas daquela terra, quando, aos dias 12 de fevereiro de 2005 foi covardemente assassinada com 6 tiros à queima roupa.
Três anos se passaram desde a morte da missionária, caso que ainda gera muita indignação. Ontem, dia 06 de maio, um dos supostos envolvidos em seu assassinato, o fazendeiro Valtamiro Bastos de Moura foi absolvido pelo conselho de sentença da 2ª Vara do Júri de Belém, por 5 votos a 2.
Um ano antes, a mesma Vara condenou o Fazendeiro a 30 anos de prisão por ser ele um dos mandantes do crime. Nos casos em que há condenação com pena superior a 20 anos, o réu passará por novo julgamento, o que de fato aconteceu.
A decisão de ontem, por mais injusta que tenha sido foi, no mínimo, o retrato de uma justiça precária, o que gera total desconforto social e muita indignação, sem falar na impunidade.
Casos como o da missionária Dorothy Stang demonstra a enorme necessidade de uma reforma na estrutura social do Brasil, principalmente na consciência da sociedade, que deve ser feita de imediato. O que era pra ser um exemplo de caráter e perseverança está se tornando sinônimo de impunidade.
6 comentários:
Canalhas!
Concordo plenamente, no caso da irmã Dorothi resta somente a aplicação da Justiça Divina, pois a dos homens falhou em absolver um culpado.
Me revolto com tal situação, sinto na garganta um nó que é dificil de engolir, qual seja a sensação de impunidade que ocorreu no caso em questão.
É o tipo de situação que nos deixa constrangidos. Primeiro condenou o sujeito. Agora ele é dito inocente. Quem está errado? Onde está o culpado? As falhas das equipes investigativas ajudam e muito a essa controvérsia na justiça. -Como condenar alguêm, sem ter a prova, a confissão e todos os elementos que provem o crime? O caso "Isabela" é um bom exemplo, num lugar rico do país: da inconpetência da polícia, transbordando em erros a imensa quantidade de páginas do processo. Nosso país não se preoculpa com crimes contra pessoas, e por isso, pouco investe nessa área. A receita e seus supercomputadores estão preparados para pegar desde o ladrão de galinha ao banqueiro, basta errar uma vírgula. Ô lugarzinho....
O que mais é de estranhar é como que, ao se repetir por direito adquirido um julgamento, onde o réu havia sido condenado a 30 anos, o mesmo julgamento o absolve.
Além disso, temos o fato do "capanga" assassino ter dado sua 4ª versão para o crime, esta que excluia o fazendeiro de ser o mandante.
Mas espera ai!!! É tão simples assim mudar as coisas??? Hoje sou condenado por que você me acusou e a promotoria conseguiu reuniar provas suficientes pra fazer com que o júri chegasse a decisão de que sou culpado, mas amanhã você diz que eu não te contratei e ai, fácil, se você disse que eu não te contratei, tudo que foi conseguido anteriormente como prova irrefutável não tem mais valor, então o júri agora entende que sou inocênte?!
Não entendo, mas este novo julgamento deveria ser uma oportunidade de abrandar ou intensificar a pena, não de contrariá-la por completo.
Espero que a promotoria recorra também a esta decisão e consiga que tenho uma nova instância para este caso tão particular.
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