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quarta-feira, 24 de junho de 2009

A Questão Persa

Como muitos pelo mundo, venho acompanhando a situação do Irã com curiosidade. Não me atenho somente ao que é veiculado pela BBC ou SkyNews, além de jornais locais, tenho lido blogs escritos por iranianos além de ter conversas freqüentes com um amigo nascido no Irã porém distante de sua terra por uns bons anos.
O texto anterior acusa a mídia de ser tendenciosa, mas o próprio é extremamente tendencioso. Tenta atrelar a crise de um país aos desejos de outro [i.e. o império]. Ao invés de se ater a questão “per se”, visa unicamente atacar as democracias ocidentais baseado em argumentos poucos confiáveis e falácias.

“A vontade do povo deve vir depois da vontade de Deus”. – Imam Khomeini (Líder Supremo da República Islâmica do Irã / 1979-1989)

A maioria dos clérigos em controle do Irã é claramente favorável ao status quo e muitos acreditam serem representantes de Deus e, de forma geral, tendem a não aceitar a participação do povo, os conceitos de democracia e justiça social. A própria constituição iraniana concede poderes arbitrários aos clérigos e aos militares.

No que concerne o processo eleitoral recente, antes mesmo do fim da contagem, o conselho supremo declarou Ahmadinejah reeleito. Diante da acusação de manipulação das eleições e irregularidades diversas, o conselho assim como o líder supremo (Khamenei) negou essa hipótese, e o presidente reeleito acusou a oposição de ser “má perdedora”. Um dia após o discurso de Khamenei negando a manipulação, o conselho admitiu 50 irregularidades. O que levantaram suspeitas, primeiramente, é que existia uma divisão de votos muito próxima entre os principais candidatos e, ao final, Ahmadinejah venceu por uma esmagadora maioria. Agora se sabe que em muitos locais houve mais votos do que eleitores.

O maior conflito hoje no Irã é entre dois clérigos Khamenei, no poder, e Khatami, apenas um degrau abaixo. Ambos são conservadores, assim como os dois principais candidatos a presidência. A diferença, assim como no caso dos candidatos a presidente, é que um (Khatami) reconhece a necessidade de diversas reformas no sistema enquanto o outro (Khamenei) é ultra-conservador e não sinaliza quaisquer mudanças na sociedade iraniana.
O que move o povo iraniano para as ruas é o fato de terem sido ludibriados. Depois de 30 anos da Revolução Islâmica, o país se tornou um paradoxo. Sua sociedade é jovem e sofisticada, curiosa sobre o mundo exterior e faminta pelas vantagens da modernidade. O país vive uma constante luta entre a democracia e a autoridade religiosa, não tendo alcançado o ideal da democracia teocrática.

Do texto abaixo, pode-se concluir que é tendencioso e visa apoiar qualquer coisa que vá contra o “império” americano, não importa de que maneira. Eu sugiro aos colegas que acompanhem os blogs/twitters de iranianos relatando o que acontece no país, ao invés de se ater somente ao que aparece na TV.

“A diferença entre Ahmadinejad e Mousavi, em termos de política atual, não é tão grande quanto vem sendo dito” – Obama

Quanto ao texto acima, pode ser considerado tendencioso, não grosseiramente como o abaixo, mas contou com o apoio de Arya que depois de 8 anos fora de seu país, finalmente acredita que o dia em que vai voltar para o Irã está se aproximando.

3 comentários:

Alfredo de França disse...

A influência dos aiatolás e a atual crise política que existe no Irã mostram com clareza as contradições dessa tal "democracia teocrática".

Aproveito para fazer aqui uma observação, será mesmo que é possível juntar religião com democracia? Os assuntos de Deus nunca se deram com os assuntos seculares e, acredito, isso tem sido um dos principais agravantes dos problemas não só do Irã mas de todo o Oriente.

Contudo, não podemos deixar de observar que a influência dos EUA nas questões políticas do oriente não é algo novo, já vem de longa data e não pode deixar de ser levada em consideração nestas análises. O caso "Irã Contras" da década de 80, por exemplo, deixou claro como a CIA trabalha secretamente para desestabilizar governos daquela região em prol de interesses próprios.

Não entendo porque o amigo "Crazy Diamond" preferiu não comentar o meu texto e postou outro fazendo referência ao anterior. Enfim, eu postei agora um novo texto (sem represálias) que mostra os indícios, publicados em diversos jornais do mundo, da possível atuação da CIA no processo político do Irã.

Até!

Crazy Diamond disse...

Apenas postei outro texto porque considerei que estava muito grande para um comentario! ;-)

Alfredo de França disse...

Ok!

:-)