
Este é Fidel Castro, o mito vivo, como bem disse Luis Inácio, o Lula.
Falar de Fidel é como falar de um personagem dos livros de história, algo como Lenin, Alexandre, Julio César, ou qualquer outro desdes que marcaram seu nome na história, mas diferente destes, este velho comunista ainda se mantém em pé, com saúde ainda para cutucar o velho e poderoso inimigo capitalistas estadunidense, através de seus editoriais no jornal Granma. Uma pedra no sapato do vizinho e que teima em não deixá-los em paz.
Fidel construiu um país a sua imagem, pelo menos assim tentou fazer. Não vamos debater se o caminho que ele seguiu foi o mais correto ou não. Claro que como todas as nações, Cuba tem aspectos positivos e aspectos negativos, mas é fato que mesmo num embarco que dura quase tão longamente quanto a própria revolução cubana, o país se mantem em pé, com dignidade, acima de uma margem de miséria apresentada em tantos outros países, tanto aqui nas Américas como no restante do globo.
Todos sabem que sou contra censuras, mercados fechados, falta de liberdade de ação e pensamento, mas Cuba tem aspectos que estão num nível onírico para muitas grandes nações. Uma das medicinas mais avançadas do mundo, educação de verdade e incentivo ao esporte, são algumas das invejáveis qualidades deste governo. Não poderia dizer que os aspectos positivos se sobreponham aos negativos, ou que os negativos ofusquem os positivos. Cuba é um país de contradições.
Muitos criticam e alguns defendem Fidel. O que vejo lendo em sites de notícias e revistas é que o homem realmente incomoda, a ponto de 99% destas matérias serem totalmente parciais na forma de crítica a seu governo, simplesmente esquecendo o que o homem fez de bom. Todas estas matérias perecem exigir que seja feita a vontade estadunidense: “morte a Fidel e abertura de mercado em Cuba”. Não. Realmente esta não é a solução mais viável.
Um bom exemplo de que a abertura de mercado repentina não é benéfica, somente destrutiva, vimos na antiga União Soviética. Com a abertura de mercado, tivemos uma nação ahá tempos pobre, destruida. Sua cultura própria se perdeu e o que mantém a grande maioria de seus países separados em pé, é o arsenal nuclear que estes mantêm, herdados da grande mãe.
E quanto a Fidel? Acho que ele poderia ser eterno, não no comando de Cuba, mas sim como uma crítica ao capitalismo predatório e consumista estadunidense. Um pensamento vivo para lembrar a todos nós que a vida pode ser dura quando se luta por aquilo que se acredita, você pode sofrer, ser desacreditado, caluniado, cometer erros, ameaçado e todo o mais, mas sua luta mantém vivos os seus sonhos e ideais. E se você perserverar, eles também continuaram firmes e fortes.
Mas o fato é que agora Cuba aos poucos irá começar uma abertura, como foi dito pelo novo líder, o irmão de Fidel, Raúl Castro. A esperança de mudanças na burocracia engessada do governo e algumas mudanças nas regras do jogo poderiam melhorar e muito esta nação. Sem que a mesma perca a sua identidade.
Se fosse possível Cuba manter suas qualidades e tentar corrigir, ou mesmo minimizar seus defeitos, teríamos um país forte e de princípios sociais. Mas para tal, a primeira decisão é quanto a liberdade de expressão. Por mais que eu seja partidário dela, entendo o quão destrutiva esta pode ser se simplesmente for data em sua totalidade de uma hora para outra aos cubanos.
O direito de se expressar, como bem sabemos, logo seria deturpado e corrompido e teríamos uma aglomerado de cubanos pró-capitalismo, achando que a solução para a carência de tantas áreas por lá seria a corrida ao consumismo. Logo teríamos ali muitos críticos ao nacionalismno existente no governo e em grande parte da nação, protestos e mais protestos, justificados ou injustificados, mas que ruiria com o governo e o própiro país, criando um campo de atuação para o capitalismo consumismo.
Digo isso não por ser partidario do comunismo ou de Fidel, mas digo com base no que vimos ocorrer na URSS, no Brasil, China e em outras tantas nações. Não quero ver uma nação que sempre tentou prezar pelo o que os cidadãos eram, acabar por tornar-se mais um nação que preza apenas o que os cidadãos têm.
Que venha Raúl Castro, mas que Fidel fique ali, de seu lado, sempre dosando as mudanças e criticando-as, para que Raúl não se esqueça que ele está ali para batalhar pelo que seu povo é, e não pelo que seu povo quer ter.
Que venha Raúl Castro, mas que Fidel fique ali, de seu lado, sempre lembrando que ser líder é saber quando ser o carrasco também, pois apesar de estar ali para servir o povo, por vezes o povo nem tem idéia do que realmente quer.
Que venha Raúl Castro, mas que Fidel fique ali, de seu lado, para lembrar aos estadunidenses que seu dinheiro compra armas e nações, mas que não foi e nunca será capaz de comprar seus sonhos!